Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/310

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A cólera do Eterno não desabe
Sobre as tristes cabeças de teus filhos!
Ah! praza a Deus que nunca
Teu Anjo tutelar fuja a teus lares!

Oh Senhor, tu protejes
O povo que se vota à Liberdade;
A Liberdade é dom que nem tu mesmo
Aos homens tiras; como um mortal ousa,
Erguido pó da terra,
Eclipsar os teus dons, manchar teu nome?

Cara Pátria, sem susto
Tua fronte levanta majestosa,
Como tuas montanhas, e teus bosques!
Não sejas só no mundo conhecida
Por teus ricos tesouros,
Pelos prodígios da sem-par Natura.

Oh Pátria, ovante marcha;
Já em teu seio encerras Varões dignos
De renome imortal; não te envergonhes
De cingir-lhes as frontes, de apontá-los.