Tu és o perfume,
E o esmalte das flores,
Dos sóis os fulgores,
Dos céus a harmonia,
Do raio o clarão!
Tu és a alegria
D'uma alma piedosa,
E a voz lutuosa,
A voz d'agonia,
Que escapa do peito,
De quem vai do leito
À terra baixar.
Tu és dos desertos
O som lamentoso,
E o eco choroso
Das vagas do mar.
Tu és a inocência,
E o riso da infância,
Do velho a prudência,
Do moço o vigor,
Do herói a clemência,
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