Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/52

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Sim; quando tudo extinguir-se,
Guardará Deus na lembrança
De tudo que agora existe
Uma viva similhança.

Essa imagem a Deus presente
Serás tu, oh Poesia!
Tu és do Eterno um suspiro,
Que enche o espaço de harmonia.

Veneza, maio de 1835.