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Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/60

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Nem nas espessas selvas o elefante!
Quem tu és? Quem tu és, que podes tanto?

Toda a terra está cheia com teu nome;
Um século transmite a outro século
Dos teus feitos a história portentosa;
Tu só marchas, tu só te desenvolves,
E inda não recuaste de fadiga!
Com que sinal selou a tua fronte
A mão do Criador? — Donde descendes?
Quem tu és? Quem tu és, que podes tanto?

Não, não és para mim mais um enigma!
Conheço a origem tua, e o teu destino
Tua missão conheço sobre a terra.
A Natureza toda te respeita
Porque és do Criador a obra-prima,
Porque transluz em ti o seu transunto.

Não é à força tua que se curva
A terra, que se à força se curvasse,
Seria o elefante o rei da terra.
É à tua sublime inteligência,