Qual tenro botão de rosa
Que à sombra da rosa cresce,
Sem temer o vento, e a chuva,
De um frouxo raio se aquece.
Mas pouco a pouco crescendo,
Desabrocha, e cheiro exala,
Orna o prado que a sustenta,
E da roseira é a gala.
Assim eu filhinha tenra,
A meus pais devo esta vida;
A seu lado eles me educam,
Por eles serei querida.
Hoje inocente me chamam!
Oh como é bela a inocência!
É a virtude dos Anjos,
É das virgens a ciência.
Vós, oh Deus, que podeis tudo,
Concedei-me por piedade
Que este aroma da inocência
Me acompanhe em toda idade.
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