Página:Til (Volume III e IV).djvu/335

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Referiu o Bugre com a voz trêmula e o seio opresso a história de Besita desde que a conhecera até o momento em que a tinha perdido para sempre. Não disse ele se tinha amado a moça; mas na palavra balbuciante Berta lhe sentia palpitar o coração aos ímpetos da paixão imensa.

Quando terminou essa dolorosa narração, Berta que a ouvira com um respeitoso silêncio, apenas cortado pelo contínuo soluço que fazia arfar-lhe o seio, alçou ao céu os olhos cheios de lágrimas.

— E ele é meu pai!...

Depois erguendo-se de um ímpeto, e apertando as mãos grosseiras do Bugre:

— Não! Não!... exclamou ela. Meu pai és tu, que me recebeste dos braços de minha pobre mãe, com seu último