surdo e arquejado acompanhamento de toda a devota assembléia.
"Imploramos aos Bons Espíritos e aos nossos Anjos da Guarda, em nome de Deus, nosso Bom Pai de Amor, para envolver-nos com os seus fluidos salutares, a fim de transmiti-los a esta água, que será medicamento, porque servirá de veículo aos nossos bons fluidos. Desejamos, antes dos curativos dos nossos corpos, curar os espíritos, arrancando de nós o ódio, o crime, o orgulhoso egoísmo, que são enfermidades d'alma, piores que todos os sofrimentos da vida terrestre. Bom Pai, nós queremos nos regenerar e, animados pela fé ardente no vosso divino amor e pela certeza inabalável na vida futura, pedimos a proteção dos Espíritos Elevados, nossos filhos e nossos irmãos amados, em vosso santo nome, para que se faça em nós, sempre, a vossa santa vontade."
Terminada a prece, persignaram-se todos, com um murmúrio devoto, e o homem declarou:
'Que os doentes podiam ir encher as suas garrafas."
Produziu-se sôfrego alvoroço. As mulheres tiravam garrafas debaixo nos xales, desembrulhavam-nas e lá iam, aos apertões, arrastadamente, em direção à pia, cuja torneira jorrava gorgolejando.
Era a água santa, impregnada de fluidos espirituais, benzida pelos anjos de Deus, e aqueles