— Então? Onde hei de ficar?
Lançou um olhar ao camarote e, vendo a companheira voltada para a cena, chegou-se mais ao irmão.
— Nós aqui não podemos conversar. Aparece amanhã lá em casa.
— Eu?
— Então? Que tem? Olhem o inocente... - fez ela com um beicinho.
— Pensas que não tenho vergonha...?
— Vergonha de quê? Eu moro só. Vai amanhã.
— A que horas?
— Às duas.
— E mamãe?
— Mamãe... Se ela quiser ir contigo...
O bonifrate de chapéu branco encaminhava-se para o ponto em que se achavam os dois. Ela despediu-se.
— Até amanhã. Olha, o melhor é não dizeres nada a mamãe por enquanto, tem tempo.
Caminhou para a camarote, com um ruflo de sedas, mas retrocedeu, sorrindo, e segredou-lhe:
— Olha, a meu nome é Diana... não te esqueças.
— Diana!
E ela, já a entrar no camarote, afirmou de cabeça, sorrindo. Paulo contemplava-a e, quando a viu de novo sentada, repuxando o chapéu, indiferente, sorrindo para a companheira, teve um assomo de revolta e esmoeu um insulto. Por fim seguiu, e pôs-se a percorrer a varanda a lentas passadas, até que, enfarado, e com uma ponta de despeito por haver