Dona Júlia não se pôde levantar na manhã seguinte.
Quando Paulo entrou no quarto para vê-la, achou-a a chorar.
— Que tem, mamãe?
— Nada. Deixa-me. Também não possa chorar?
— Mas isso faz-lhe mal. O médico recomendou a maior calma.
— Ora, o médico... O médico sabe lá o que eu tenho. Não hei de chorar. Ver minha filha assim... Eu mesma não sei que é que você pensa, rapaz. Ninguém era mais severo, agora só porque ela anda de carro, coberta de jóias, já você não se importa. Pois eu não. Preferia... - calou-se recalcando a frase que lhe subira do coração e ficou um momento de olhos perdidos, arfando.
— Que hei de eu fazer? Só se a senhora quer