UBIRAJARA | 9 |
Lá estaca o joven caçador no meio da campina. Volvendo ao céo o olhar torvo e iracundo, solta ainda uma vez seu grito de guerra.
O bramido rolou pela amplidão da matta e foi morrer longe nas cavernas da montanha.
Respondeu o ronco da sucury na madre do rio e o urro do tigre escondido na furna; mas outro grito de guerra não acudiu ao desafio do caçador.
Jaguarê arremessou a lança, que vibrou nos ares e foi cravar-se além, no grosso tronco da emburana.
A copa frondosa ramalhou, como as pal- mas do coqueiro ao sôpro do vento e o tronco gemeu até á raiz.
O caçador repousa á sombra de sua lança.
Salta uma corça da matta e veloz atra- vessa a campina.
Mais veloz a persegue gentil caçadora com a setta embebida no arco flexível.
Ergue-se Jaguarê.