Seu olhar ardente voou, soffrego de encontrar o inimigo que lhe tardava.
Avistando uma mulher, a alegria do mancebo apagou-se no rosto sombrio.
Pela facha, côr de ouro, tecida das pennas do tucano, Jaguarê conheceu que era uma filha da valente nação dos tocantins, senhora do grande rio, cujas margens elle pisava.
A liga vermelha que cingia a perna esbelta da estrangeira dizia que nenhum guerreiro jamais possuirá a virgem formosa.
A corça veiu cahir aos pés de Jaguarê, atravessada pela flecha certeira da joven caçadora que a seguia de perto.
A virgem reconheceu o cocar da nação que na ultima lua chegára aos campos do Taary e da qual os pagés tinham dado noticia.
— Guerreiro araguaya, pois vejo pela penna vermelha de teu cocar que pertences a essa nação valente, si pisas os campos dos tocantins como hospede, bem vindo sejas; mas si vens como inimigo, foge, para que tua mãi não chore a morte de seu filho e tenha quem a proteja na velhice.
— Virgem dos tocantins, Jaguarê já sol-