da aldeia. Nela sempre encontrara doçura, e um rosto que sorria na sua tristeza. Se ela o visse, decerto diria: “Cristóvão, olha o gado: Cristóvão olha a lenha!...” Se os outros o perseguiam, ela ao menos o acolheria. E agora Cristóvão esperava a madrugada para descer ao casebre de Joana.
Tênue e fresca, a madrugada nasceu por fim na serra. Rastejando entre os arvoredos, agachado para que a sua cabeça não fosse vista acima das árvores, rodeou a terra, veio ao casebre da viúva. A cancela estava fechada. O galo cacarejava, sobre o monte de mato. Já decerto o lume se acendera dentro, porque da telha vã saía fumo: e as cotovias cantavam muito alto no céu claro. Cristóvão apareceu por trás, defronte da porta do aido. Um grito assustado cortou o ar. A viúva vira Cristóvão, e arrebatando Joana, que brincava no chão, fugiu para dentro do casebre, gritando como o padre: Abrenuntio!
Cristóvão ficou imóvel. Também ela, pois, o temia, não o queria mais! Não havia em toda a aldeia já um coração que lembrasse. As crianças fugiam dele. Por quê? Lentamente afastou os passos, tão triste que o canto das cotovias quase o fazia chorar. Ao lado o pego da Dona rebrilhava, como um espelho redondo. Debruçado sobre ele, olhou a sua face. Então, pela primeira vez, sentiu a sua fealdade. Decerto o repeliam