das letras portuguesas, ele encontrava um poeta ou um romancista que o satisfizesse, não lhe marcava o valor por meio de uma dessas frases, jóias de subtileza, que deixam em torno do artista e da sua obra uma vaga claridade de auréola. A sua aprovação tomava uma outra forma rude e sincera: abria a gaveta e depositava sobre a obra de arte, e com endosso ao artista, duas apólices da Dívida Pública. Assim considerada, a apólice vale bem uma coroa, feita de velhas flores de retórica: e, positivamente, eu não julgo esta maneira de fazer crítica inferior à de Sainte-Beuve e à de Taine! [1]
- ↑ No fim deste manuscrito há a rubrica (Continua); mas a continuação não apareceu entre os papéis do Autor.