encarar com o monstro. Depois ergueu as mãos ao Céu, com olhos de piedade. Para mostrar a força de Cristóvão, o guardião mandou-lhe erguer uma pilastra partida que jazia no chão. Cristóvão brandiu a pilastra, como um simples cajado: e todos os frades recuaram com grandes ahs maravilhados.
Cristóvão fora trazido para servir no convento, fazendo o trabalho de muitos serventes. O rancheiro, porém, perguntava se era na realidade uma economia – porque ele igualmente comeria a ração de muitos homens. Os frades argumentavam com gravidade. O abade, porém, decidiu. Além da economia, o convento ganhava a glória de possuir o mais forte de todos os homens. E imediatamente Cristóvão foi levado às cavalariças para as limpar.
Foi o servo da comunidade – e sobre ele recaiu todo o serviço do convento, onde havia oitenta frades, trinta noviços, e dependências inumeráveis. Varria os pátios, limpava as mulas, cavava as hortas, caiava os muros, carregava os sacos de farinha, acarretava os feixes de lenha – e era ele que trazia das pedreira as grandes pedras para as obras da lavanderia. Durante longos meses os seus fortes ossos rangeram sob o trabalho violento. Substituía as cavalgaduras, puxando os carros pesados, com eixos de ferro. Todo o dia, dentro do convento, na cerca, sob o sol ou sob a chuva, a sua forte