XVII
Julho 1871.
Diz-se — e quem sabe se é uma torpe calúnia? — que o Governo vai ter o impudor de consentir que se discuta o orçamento geral! E natural que por essa ocasião melancólica se atente no orçamento especial do muito belicosamente chamado
Ministério da Guerra. Para tal eventualidade, aqui estiramos sobre estas páginas algumas reflexões amáveis.
Corre que, nisso a que os relatórios chamam pomposamente o exército, se gastam anualmente perto de 4000 contos. Corre, porque se torna difícil averiguar a exacta ver-dade, sendo o orçamento, como é, um inviolável segredo.
Ora se estudarmos bem a utilidade do nosso exército, temos ocasião de algumas francas e fortes risadas, dignas de Homero.
A primeira utilidade de um exército é que se