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bata.

O nosso exército não se pode bater.

Pelo número dos seus soldados (batalhões incompletos, quadros rareados, etc.), estamos como depois de uma derrota — ao cabo de 24 anos de paz!

O seu armamento é inteiramente ineficaz. Está provado cientificamente que, depois de meia hora de fogo, as espingardas do exército passariam para o inimigo — rebentadas em estilhaços. Quando não rebentem, o seu alcance é humanitário.

Queremos dizer — as balas ficam a meio caminho do inimigo.

Verdadeiramente o nosso exército só poderia alcançar o inimigo — correndo atrás dele: mas para isso faltam-lhe sapatos! Realmente, por tão pouco armamento, mais valia uma tanga e uma flecha!

Quanto à nossa artilharia, há um só meio de ela prejudicar o inimigo: é fazê-lo prisioneiro, colocá-lo amarrado a 4 palmos da peça, procurar não errar o tiro, e conseguir assim inutilizar-lhe a barretina!

O equipamento é nulo. Nem tendas, nem cantinas, nem transportes. Nenhum aparelho de marcha, nenhum material de acampamento.

O soldado português é bravo, firme, sofredor; tem o élan, o arremesso, como o touro. Mas nas guerras modernas estas qualidades são inúteis. Compreendeu-se já que uma peça de artilharia é um