Página:Uma campanha alegre v1 (1890).pdf/166

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dizimando estes antigos vasos de guerra — não tem quem lhe leve às colónias um regimento, uma ordem, um ofício. Vê-lo-emos — para vergonha eterna de uma das caravelas de Vasco da Gama — pedir à marinha mercante o patacho Constância, com o fim de acudir a Timor. Há-de chegar a recorrer às faluas de Alcochete. E mais tarde, pela nossa pobreza progressiva, as comunicações com as colónias terão de ser feitas — de viva voz!

Quando houver um ofício que remeter para um governador de colónia, irá um amanuense da secretaria ao Cais do Tejo, e aí, voltando-se para o sul, bradará no espaço e nos ventos:

— Il.mo e Ex.mo Sr...

E as solidões do Oceano repetirão gemendo:

— Il.mo e Ex.mo Sr.!

E depois, sucede que nem todos os ministros dão igual importância à marinha. Se por exemplo os Srs. Latino e Rebelo pensavam que a organização da marinha garantia a prosperidade das colónias, aqui temos o Sr. Melo Gouveia que pensa de outro modo, ele!

Ele entende que a marinha serve — para manter bem presente nas colónias a ideia da Pátria, e sobretudo, (textual: discurso de S. Exª por ocasião da discussão do orçamento da marinha na legislatura