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A pequerrucha na quinta habitua-se a estar sobre si, perde o medo, sabe defender-se, tem acção, decide-se. Na cidade são tímidas, gritam, encolhem-se, tremem, empalidecem, hesitam, rezam aos santos, e estão sempre prontas a refugiar-se nos primeiros braços que as acolhem. Mau hábito — dizia a ama de Julieta.

Além disso (grave consideração), no campo a criança está longe da sala, das suas conversações, e da sua malícia: — aqui, aconchegada nos mesmos quartos, penetra-se, aos oito anos, do espírito crescido, o que é deplorável. E por isso que elas aos quinze anos dizem, com um desdém que espanta e faz recuar — — que estão cheias de experiência!

Será necessário que penetremos nos colégios? — Espreitemos só pela porta. — Um dos grandes males do colégio é o tédio. O tédio enfraquece, anula o espírito, a vontade, e só deixa viva e exigente — a curiosidade. De quê? de tudo, do imprevisto, do que se não tem, do que está na rua quando nós estamos em casa, do que está no vício quando nós estamos no dever. Ora se alguém se aborrece é uma colegial. Presa, abafada, arregi-mentada, parece unia