Página:Uma campanha alegre v2 (1891).pdf/16

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— Na aparência sentados, por dentro de cócoras.

— Perdão...

— Ah sim! a posição para com o Governo? Empregados de confiança do Governo, nomeados pelo Governo; — consentindo-se ao povo, para o contentar, que assine o decreto!

— Explique-me uma palavra dos meus apontamentos: — «eloquência parlamentar?»

— É a série de palavras sabidas que vai de Barros e Cunha a Osório de

Vasconcelos — passando por Santos e Silva.

— Quem são esses homens?

— São eles mesmos — e têm um trabalho imenso para serem tanto.

— Há ainda, ao que parece, outra câmara

— A dos pares. É um forno apagado onde cada Governo mete lenha nova — para poder cozer o seu pão.

— Estranhos casos! E há um partido antidinástico?...

— Perfeitamente: há um partido que se ri do rei por ter tão pouco poder sobre o seu povo — e lastima o povo por sofrer tanto poder do seu rei.

— Fale-me da aristocracia...

— É uma colecção de capacetes, vazios das velhas cabeças, as quais iam cair ao chão, e onde se metem,