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— É um grupo de egoísmos — que janta de chinelas.

— Mas as mulheres?

— Pessoas excelentes, que têm a doçura de fingir que não têm espírito — só para não humilharem os maridos!

— E são bonitas?

— São bonitas — nos intervalos da cuja.

— E honestas?

— Muito mais do que os maridos dão a entender.

— E ternas?

— Aprenderam a ternura de cor — mas recitam-na mal.

— Que tal conversam?

— Não se sabe. Nunca tiveram com quem.

— E amorosas?...

— Diz o Sr. Vidal que sim.

— E femininas?

— Meu amigo, são utilitárias. Acham em tudo o que acharam na própria valsa — uma utilidade.

— Na valsa? qual é?

— O meio de suar com elegância em sociedade.

— Oh! bom Deus, voltemos às generalidades! O País é rico?

— Portugal é um país que todos dizem que é rico, povoado por gente que todos sabem que é pobre.