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Nesta educação da mulher uma só coisa é profundamente boa — a valsa. E é justamente o que mais lhe regateia uma moralidade banal. A valsa é higiénica, moral, depurativa, educadora e positiva.

Um higienista célebre recomendava, a todas as mulheres de 14 anos, para cima duas horas de valsa por dia. Os movimentos rápidos, galopados, fortemente sacudidos, a transpiração igual, outras circunstâncias, tornam a valsa um exercício radicalmente salutar, quase igual à ginástica: desenvolve a firmeza do andar, a solidez das articulações, faz girar abundante e igualmente o sangue, robustece o peito, exercita e excita a facilidade da respiração. E um doce medicamento contra a anemia, a palidez, os suores. E sobretudo uma fadiga. Toda a mulher que se não cansa, idealiza. Dá os bons sonos saudáveis e frescos, o apetite inglês. Dá às raparigas uma boa alegria de ave que voa. E têm-se visto doenças inexplicáveis de mulheres curarem-se com uma valsa. As boas valsas são as de Strauss, ágeis, alegres, radiosas, impelidas, firmemente resvaladas

— que têm alguma coisa de ataque e muito de triunfo.

A valsa é moral e educadora: porque acostuma as mulheres a ter dos homens uma ideia positiva e burguesa. E por isso que os românticos, os netos