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XXXV

Outubro 1872.

Deu-se ultimamente um facto singular: o soldado Barnabé mata o seu alferes com um tiro, e é, pelo consello de guerra, condemnado a ser passado pelas armas. Immediatamente a imprensa apossa-sc vorazmente d’este facto e, durante um mez, travase entre sanguineos e lymphaticos esta discussão: Deve o soldado Barnabé ser fusilado? deve o soldado Barnabé conservar-se vivo? E no entanto, na sua prisão, o soldado Barnabé, espera que os srs. jornalistas e curiosos decidam, — se elle póde continuar a aquecer-se ao sol, ou se deve ser encostado a um poste e atravessado de balas.

Podia supor-se ainda que o soldado Barnabé, na reclusão mortuária da sua casamata, não conheceria esta discussão, que é para ele alternadamente — bandeira da misericórdia e dobre de finados. Mas qual! O soldado Barnabé conhece os jornais. O soldado Barnabé lê os jornais, e, o que é pior, tendo um correspondente improvisado, sobre