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ele, uma anedota excessiva, o soldado Barnabé escreveu para os jornais. O soldado Barnabé rectificou. De modo que devemos crer que ele todas as manhãs abre a gazeta e vai procurar no artigo de fundo, soletrando a prosa florida — a probabilidade de viver ou a probabilidade de morrer!

Ora os que pedem a comutação da pena, compreendem-se, têm por si a beleza do sentimento: é a piedade, o respeito da vida, o ódio das penas irreparáveis — que vivem e suplicam na sua prosa. São simpáticos, são sensíveis.

Mas os srs. sanguinários que pedem a morte, em que se fundam?

Na Disciplina militar.

E é a primeira vez em Portugal que a Disciplina se estreia como razão. Nunca fora invocado este personagem: desde a deserção do soldado até à insurreição do general — tudo se tem passado tranquilamente, sem que a disciplina se adiante a reclamar os seus direitos ; — estava há tanto tempo calada, tácita, inactiva, indiferente, desinteressada, que todos supunham que ela pedira a sua reforma e gemia, nos subúrbios, um reumatismo antigo.