Página:Uma campanha alegre v2 (1891).pdf/62

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aço:

Por um lado quereríamos desde já atirar palavras pungentes à Coroa, para eficazmente provar que não estamos comprados pelo seu oiro: — mas então patentemente se perceberia que o que nos inspira a prosa amarga, são as bolsas de dinheiro com que nos cobre a pálida demagogia.

Por outro lado quereríamos desde já devotar períodos amorosos à Coroa, para mostrar que não nos acorrenta a força dos tesouros demagógicos: — mas então abertamente se veria que, se falamos com um som tão meigo, é sob a influência dissolvente dos cofres da Coroa! Lívida colisão!

De tal sorte que resolvemos imprimir estas duas cartas, pedindo a rápida justificação da nossa integridade à Monarquia e à Revolução:

AO REI DE PORTUGAL

Senhor. — Alguns malévolos, nossos comuns inimigos, espalham subtilmente que

Vossa Majestade nos sacia de oiro, para que as Farpas conservem perante Vossa

Majestade uma atitude curvada e risonha. Rogamos a Vossa Majestade se digne declarar se já deixou cair na nossa mão estendida — o seu corruptor metal! Vossa Majestade, com mal disfarçado