despeito o dizemos, nem sequer é assinante das Farpas! Procedimento este que prova não ser inteiramente erróneo o que a história conta dos crimes da realeza.
Aproveitamos a ocasião de lembrar a Vossa Majestade que são esses actos que tornam odiosos os tiranos — e que, mais tarde ou mais cedo, erguem o desagradável cadafalso de
Carlos I. Um rei que não assina as Farpas vai por um declive, ao fundo do qual tem de encontrar a chorosa vereda do exílio ou o gotejante corredor da masmorra. A recusa da assinatura merece a desforra da revolução! Cuidado! Em todo o caso, por hoje o que pedimos a Vossa Majestade é que declare, como é a intransigível verdade, que nunca
Vossa Majestade passou para a nossa mão uma parte dos seus valiosos tesouros. —
Humildes vassalos.
À HIDRA DA ANARQUIA
Tendo alguns jornais dado a entender que nós atacávamos a realeza porque estávamos para isso pagos pela Hidra da anarquia — pedimos ao dito bicho que declare, publicamente, a falsidade desta asserção imunda.
Aceite, Sr.a Hidra, os protestos da maior consideração. — Os redactores das
«Farpas».