Página:Uma campanha alegre v2 (1891).pdf/69

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Pedimos portanto, urgentemente, que o ministério seja dispensado dessa formalidade!

Que ele tenha cupé de aluguer — bem! Pede-o a civilização, a honra do País, a comodidade dos seus calos oficiais, e os srs. correios que querem trotar!

Que ele tenha farda — melhor! Pede-o a Carta, a corte, e a necessidade de evitar que SS. Ex.as se apresentem a el-Rei de quinzena e gabão.

Mas para que se há-de exigir a um português, ainda que ministro, que reforme?

Quem lucra com isso? Ele não — que não pode alugar essa formalidade na companhia lisbonense de carruagens, nem pedi-la emprestada ao adelo da esquina. O País também não — como sabem.

Para que se há-de exigir pois esse trabalho de inteligência, esse esforço de saber, a um pobre e débil lusitano?

Não, não, não! Que os srs. ministros, em nome da dignidade pública, sejam eximidos a essa formalidade ridícula, anacrónica, caturra — de reformar a Pátria.

Antes se tome este alvitre:

Nas suas carruagens de aluguer os srs. ministros trazem apenas na almofada o cocheiro. Pois em vez de se lhe exigir uma reforma mais sobre qualquer