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dade.

É verdade que um príncipe pode deixar de se comportar com a pompa de um rei — sem que por isso passe a comportar-se com a maltrapice de um varredor. Entre o manto de arminhos e a rabona — há gradações. Um rei por não ir ao passeio com o seu ceptro de oiro — não se segue que vá com as suas chinelas de ourelo: e por não receber as autoridades revestido do seu uniforme — não é honesto que as receba vestido apenas com a sua pele. Mas também não nos parece que uma quinzena e um chapéu desabado seja toilette que escandalize a douta Universidade!

É necessário que os srs. doutores saibam que a toilette só é realmente exigida — quando a toilette é um fim. Num baile, numa soirée, numa gala, na Ópera — a gravata branca, a luva cor de pérola, a gardénia ou a grã-cruz são essenciais, porque estas festas constituem unicamente uma reunião de elementos elegantes, entre decorações elegantes, para um fim elegante. Tudo aí deve convergir para a harmonia geral — desde as toilettes até às flores. Trata-se de um fino prazer dos sentidos — e a toilette, com o seu brilho exterior, é requerida para o tornar completo e perfeito.

Mas quando se trata apenas de doutorar o Sr. Fulano, bacharel — não nos parece que tenham cabimento as exigências de elegância. Se a veneranda cerimónia