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Página:Uma tragédia no Amazonas.djvu/124

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Por mais baixa que fosse a voz de Branca ao dizer essas palavras não deixou de ser percebida por Eustáquio, nem pela sua protegida.

A declaração de Branca fez voltar-lhes o desespero do ânimo.

— Não chorem, pediu-lhes a moribunda, eu vou para Deus...

O padre foi à alcova buscar a cruz que lá vira. Quando ia voltar ouviu um estrondo assustador. A porta da cozinha desabara afinal. Os bandidos tinham aberto passagem. Os seus passos ressoaram no corredor central da casa.

— Oh! está tudo acabado, disse com tristeza o padre.

E, empunhando a cruz, precipitou-se na sala.

O paraense, com admirável presteza e grande risco, fechara a porta que havia na entrada do corredor, e, afrontando as balas dos malfeitores, levantara novo obstáculo diante deles.

Este obstáculo, porém, era insignificante. Em poucos momentos devia chegar o desenlace do drama.

Enquanto isto tinha lugar, junto do leito de Branca era doloroso o que se via.

A infeliz moça agonizava. Debruçados sobre ela, como se pretendessem abrigá-la dos golpes do anjo da morte, Eustáquio e Rosalina pediam a Branca que não morresse... Mas não era possível. A moribunda, por um esforço supremo, ergueu os braços, querendo enlaçar os que regavam de lágrimas ardentes as suas faces resfriadas... os braços caíram-lhe como se de um só golpe houvessem sido decepados...