Página:Uma tragédia no Amazonas.djvu/18

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Em seguida Branca dirigindo-se ao mais velho deles perguntou:

— Em que poderei ser-lhe útil, meu senhor?

— Já vos direi, minha cara senhora, começou o viajante que pela entonação da voz parecia francês, porém depois que souberdes quem sou.

"Chamo-me Henrique Dugarbon, minha pátria é a França. Por amor de aventuras estou no Brasil, e há já dois anos que eu o percorro em todos os sentidos.

"Este menino é meu filho Otávio, que me tem seguido por toda a parte.

"Os perigos das minhas viagens têm crescido desde que sai de Manaus.

"Três semanas já se passaram, depois que deixei as margens do Rio Negro, durante elas andei errando pelas florestas, rompendo os matagais e transpondo, com dificuldade e perigo, os largos pântanos e as regiões dominadas pelos selvagens. vindo suspender a minha jornada diante das águas do Iapurá, que banha os alicerces de S. João do Príncipe, onde há de ficar esta criança.

"Os motivos que me forçam a isso são as provações que, bem o sei, me esperam nas excursões que tenciono fazer através da imensa porção do Brasil que está ao norte do Amazonas e a elas não quero sujeitar uma natureza débil como a de Otávio... Neste ponto o menino quis falar, mas, vendo o pai continuar, conteve-se, deixando rolar uma lágrima pela face rosada... O que espero da vossa bondade, devo agora dizer-vos, é unicamente o favor de indicar-me o caminho a tomar para a povoação."

— Sr. Dugarbon,