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Página:Uma tragédia no Amazonas.djvu/32

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Viram-no bater e entrar.

Siga-o leitor.

Apenas introduzido o preto, um padre veio-lhe ao encontro.

— Oh Ruperto! Você por aqui! O que há de novo?

— Muita cousa, senhor padre, respondeu o recém-vindo,

— Pois fale, disse o sacerdote, que não era menos que um amigo de Eustáquio.

— Não é necessário, senhor padre Jorge, aí tem esta carta que dirá tudo e mais ainda.

O padre Jorge recebeu a carta que lhe apresentava Ruperto, e leu-a toda.

O seu amigo depois de referir o que sabia sobre os soldados agredidos, pedia-lhe que enviasse, incontinenti, homens corajosos para sua guarda.

— Vou já satisfazer ao subdelegado, disse o padre, caminhando para a porta, onde se fizera ajuntamento de gente.

Com a familiaridade de que usava para com esses homens, contou-lhes o que sucedera aos policiais e perguntou quem deles se queria pôr a serviço de Eustáquio, mediante boa paga.

Muitos se ofereceram porém o padre só escolheu os quatro mais conhecidos pela sua valentia e dedicação.

Eram todos uns paraenses morenos e corpulentos, cuja bondade de coração se pintava num sorriso quase constante em seus lábios.

Levando uma carta em que o padre fazia a apresentação dos paraenses, partiram estes e Ruperto para a morada do subdelegado.