seria a peça pregada ao senhor, que tem sempre proibido que ofendamos a sua pequenita.
— E matou-a? exclamou o chefe, avançando com os punhos fechados para os três negros culpados de cumplicidade. E matou-a miserável?
— Qual! respondeu o denunciante, deixando um pouco o tom de voz humilde. Qual! Não matou-a não! Ele é que ficou com os miolos furados...
— Que dizes?...
— ... por um tiro. Sim, ele é que foi morto.
— E quem deu o tiro?
— Aí é que há um mistério. Os meus parceiros só ouviram um estrondo que os fez fugir, deixando estirado o branco.
O chefe da quadrilha, cujos receios haviam desaparecido completamente, sentiu grande júbilo sabendo que estava livre daquele incômodo companheiro, contudo ocultou o prazer e voltou-se para os três criminosos de infidelidade, fingindo-se irado.
— Infames, exclamou, o maior culpado já foi punido como merecia, vocês ainda não. Eu devia matá-los agora mesmo, porém quero perdoá-los. Perdôo, mas à primeira falta que cometerem faço-os em migalhas!
O bandido perdoava porque não julgava muito prudente dizimar o seu bando.
Apesar de haver concedido perdão aos três negros, não moderara o seu furor fingido. O astucioso espanhol conhecia que os malfeitores estavam impressionados com a atitude