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me que a acompanhasse: disse-me que ia orar sobre a sepultura de sua mãe, como já vo-lo afirmei.

— E onde é o cemitério? – inqueriu Tancredo, tomando as rédeas a seu cavalo.

— Em Santa Cruz, senhor – replicou a africana, curvando a cabeça para a terra.

— Partamos, Túlio! – ajuntou o cavaleiro, e depois acrescentou: – Não é possível que tenha ido a Santa Cruz; porque a teríamos encontrado sem dúvida.

— Há tantas estradas para lá, – disse Túlio – que é muito possível que a não víssemos.

— E demais – acrescentou Susana – ela sofre tão cruelmente pela morte de sua mãe, como pela perseguição de seu tio, que...

— Perseguição de seu tio!? – interrogou vivamente Tancredo, de novo chegando-se para a velha. – Que receia ela do comendador?

— Ah! Senhor, creio que ela me disse que se não chegásseis agora, estava perdida; porque o senhor Fernando P. abreviou os dias de sua mãe, e jura que há de ser o esposo da pobre menina.

Foi só o que no meio da sua dor me pôde confiar. Pobre menina!

— Pois bem, – redarguiu Tancredo – tudo está remediado. E galoparam de novo em busca dadonzela.