Orgulhoso e vingativo que sois! E não sentistes que Deus observa os malvados e que os pune ainda na terra.
Em vossa louca e vaidosa ideia, julgastes-vos grande, e esmagastes aos vossos semelhantes que eram fracos, e estavam inermes.
Como a fera dos bosques acometestes a Tancredo e covardemente o assassinastes: como um verdugo cruel punistes Susana de um crime que não tinha... oh! Se o arrependimento vos não apagar a nódoa do pecado, os crimes vos despenharão no inferno.
Fernando P.! Deus vela sobre as ações do homem, e o condena pela vaidade estúpida do seu orgulho. Úrsula! O que é feito dela?
Tremeis? Oh! Eis aí o vosso primeiro castigo.
A infeliz enlouqueceu de dor, e a sua loucura mirrou-vos a esperança do seu amor!
Agora o amor requeima-vos o coração; mas árido é ele; porque os afetos de sua alma não serão para ti.
Fernando! Chorai o pranto do arrependimento: sede caritativo e sincero que são vias para a remissão de vossos enormes pecados. Ainda é tempo. Escutai por esta boca impura a voz do Senhor, que na sua extrema bondade talvez vos perdoe.
Vivei a vida de solitário, passai em ardente e fervorosa oração os dias e as noites.
Indenizai os vossos escravos do mal que lhes haveis feito, dando-lhes a liberdade. Esse ato de abnegação e de caridade cristãs agradará a Deus, e então talvez na sua misericórdia infinita ele abra para vós os tesouros da sua inefável graça.
O comendador, sempre com a face inclinada para a terra, ouvia em silêncio as repreensões do digno