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Página:Verne - Le Tour du monde en quatre-vingts jours.djvu/9

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apresentei na casa do Senhor com a esperança de viver tranquilamente e de esquecer esse nom de Passepartout…

— Passepartout convém-me, — respondeu o cavalheiro. — Você foi-me recomendado. Tenho boas informantes que contam com você. Você conhece minhas condições?

— Conheço, senhor.

— Bem. Qual hora é que você tem?

— Onze horas e vinte e dois, — respondeu Passepartout, ao sacar do seu bolso um grande relógio de prata.

— Você está tarde, — disse Mister Fogg.

— Que o Senhor perdoe-me, mas é impossível.

— Você está tarde por quatro minutos. Não importa. Basta de notar a discrepancia. Então, a partir deste momento, onze horas e vinte e nove minutos da manhã, esta quarta-feira, o 2 de outubro de 1872, você está a meu serviço.

Havendo dito isso, Phileas Fogg levou-se, tomou o seu chapéu com a mano direita, pô-lo na sua cabeça com um movimento de autômato e desapareceu sem adicionar outra palavra.

Passepartout ouviu da rua a porta fechar-se uma primeira vez: era seu novo mestre que saía; e pois, uma segunda vez: era seu predecessor, James Forster, que saía no seu caminho.

Passepartout ficou só na casa de Saville Row.


II

Onde Passepartout está convencido que por fim encontrou seu ideal.

— Sobre a minha fé, — disse-se Passepartout, um pouco espantado no início, — conheci no Madame Tussauds uns bonecos tão vivaz como meu novo mestre!

Importa dizer aqui que os "bonecos" da Madame Tussaud são figuras de cera, bastante visitadas em Londres, e que faltam apenas a palavra.

Durante os momentos depois a sua entrevista com Phileas Fogg, Passepartout rapidamente mas cuidadosamente examinara seu futuro mestre. Era