Página:Versos da mocidade (Vicente de Carvalho, 1912).djvu/53

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SPLEEN

Fóra, na vasta noute, um vento de procela
Erra, aos saltos, uivando, em rajadas e em furia;
E num rumor de chôro, uma voz de lamuria,
Ouço a chuva a escorrer nos vidros da janela.

No desconforto do meu quarto de estudante,
Velo. Sinto-me como insulado da vida.
Eu imagino a morte assim, aborrecida
Solidão numa sombra infinita e constante...