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Página:Versos da mocidade (Vicente de Carvalho, 1912).djvu/61

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ARDENTIAS
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E se tudo perdi de quanto tive,
E só me resta a flor que tu me déste,
Desta mizera flor minh’alma vive
Qual da seiva de um tumulo um cipreste.

Beijo-a. Beijo-a chorando... Ouve, perjura:
Esquece, embora! O teu passado é meu:
Esta flor murcha é como a sepultura
De tu’alma, que amei e que morreu.

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