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desgraçado... — Porque não heide eu dizer a verdade? — o desgraçado era poeta.
Inda assim! não me esconjurem ja o rapaz... Poeta, intendamo’-nos; não é que fizesse versos: n’essa não cahiu elle nunca, mas tinha aquelle fino sentimento d’arte, aquelle sexto sentido do bello, do ideal que so teem certas organizações privilegiadas de que se fazem os poetas e os artistas.
Eis aqui um fragmento de suas aspirações poeticas. Vejam as amaveis leitoras que não teem metro, nem rhyma — nem razão... Mas emfim versos não são.
’Olhos verdes!..
’Joanninha tem os olhos verdes...
’Não se reflecte n’elles a pura luz do ceo, como nos olhos azues.
’Nem o fogo — e o fummo das paixões, como nos pretos.