nateiro d’aquellas terras alluviaes, os riccos
olivedos d’Alpiarça e Almeirim; depois a villa
de D. Manuel e a sua charneca e as suas vinhas.
D’aquem a immensa planicie ditta do Rocio,
semeada de casas, de aldeias, de hortas, de
grupos de árvores sylvestres, de pomares. Mais
para a raiz do monte em cujo cimo estou, o
picturesco bairro da Ribeira com as suas casas e
as suas egrejas, tam graciosas vistas d’aqui, a
sua cruz de Sancta Iria e as memorias romanescas
do seu alfageme.
Com os olhos vagando por este quadro immenso e formosissimo, a imaginação tomava-me azas e fugia pelo vago infinito das regiões ideaes. Recordações de todos os tempos, pensamentos de todo o genero me affluiam ao espirito, e me tinham como n’um sonho em que as imagens mais discordantes e disparatadas se succedem umas ás outras.
Mas eram todas melancholicas, todas de saudade, nenhuma de esperança!..
Lembraram-me aquelles versos de Goethe,