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Página:Vida e morte de M J Gonzaga de Sá (1919).djvu/108

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— Esteve no Paraguai?

— Não. Já não podia. Depois da guerra contra Rosas, em 1852, ficou no magistério, como lente da Escola Central, explicou-me Gonzaga de Sá. Estava já muito alquebrado, em 1865, quando rebentou a guerra contra Lopes.

— Tiveste um irmão que morreu na campanha?

— Tive; o Januário, o mais velho.

— E os outros?

— Todos morreram sem descendentes. Só uma irmã, a Maria da Glória, que vive ainda na Bahia, onde o marido é desembargador aposentado, é que teve filhos, quatro penso eu, que já lhe devem ter dado netos. Não a vejo há trinta anos e não lhe escrevo há cinco.

— É a mais moça?

— Não; sou eu. Ela é mais velha do que eu um ano e pouco.

— E tua mãe, morreu muito moça?

— Não; em boa idade. Deixou-me com oito anos. Quem me criou foi Escolástica.

Ao dizer tais palavras, houve na voz do meu amigo um pequeno tremor; entretanto, era banal o fato que a frase lembrava e o jantar chegou à sobremesa, entremeado por esse diálogo. O café foi servido na sala de visitas, com as janelas abertas para as bandas de Niterói,