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Página:Vida e morte de M J Gonzaga de Sá (1919).djvu/50

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fui a uma das mesinhas onde se encontram grossas penas e tinta rala. Todas estavam tomadas; fiquei então à espera junto a uma delas. Reparando melhor, verifiquei que o ocupante era Gonzaga de Sá. Não escrevia, olhava alguns selos espalhados sobre a mesa.

— Oh! Senhor Gonzaga de Sá, ande!

— Tu!

— À sua espera.

— Já viste os novos selos? Não te falei ontem em emblemas? Viste?

— Alguns.

— É bom ver. Tenho aqui de 10 réis, 20, 50, 100, 200 e 400.

— O senhor faz coleção?

— Não. Amo os homens ilustres e os selos trazem as efígies de alguns deles. Temos aqui: Aristides Lobo, Benjamin Constant, Pedr’Álvares, Wandenkolk, Deodoro e Prudente.

— Ideia feliz!

— Pena é que, ao lado, não tragam alguns dados biográficos para que os pósteros saibam quem foram; e boas sentenças morais, para edificação dos contemporâneos e dos pósteros.

— A ideia é excelente.

— Teríamos, assim, o Plutarco Brasileiro