Não é possível! Exige-se uma inversão em tão transcendentes regras, não achas?
— É certo; mas a culpa então não é do noticiarista; é de Petrópolis.
— Por quê?
— Não tem história e pouca fantasia.
— Gente feliz!
Por esse tempo desembocávamos diante do mar. Tínhamos atravessado pequenas plantações de aipim, batata doce, abóbora; a estrada era aqui, ali, ladeada de capinzais e cercas de maricá. No alto de um morro, lavravam, e quem guiava os bois era uma rapariga portuguesa, que tinha um grande chapéu de palha de coco e um lenço vermelho de Alcobaça ao pescoço. O mar...
Parecia mesmo um rio. Na frente, margem esquerda, o manicômio com suas vetustas mangueiras joaninas e o seu campo liso e arenoso. Um ilhote ficava no meio do canal e tinha ainda em pé as paredes de um sobrado.
Perguntei o que era aquilo a Gonzaga.
— É o Cambambe. Aquelas paredes foram de um sobrado em cujo andar térreo havia uma venda.
— Ali! Para quê?
— Antes das estradas de ferro, as comunicações com o interior se faziam pelo fundo