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Vidas Seccas
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alcançado a ladeira, estava com vontade de chegar aos joazeiros do fim do pateo. Sinha Victoria andava amedrontada. Seria possivel que ella topasse os joazeiros? Se isto acontecesse, a casa seria invadida, os moradores teriam de subir o morro, viver uns dias no morro, como preás.

Suspirava atiçando o fogo com o cabo da quenga de coco. Deus não permittiria que succedesse tal desgraça.

— Ahn!

A casa era forte.

— Ahn!

Os esteios de aroeira estavam bem fincados no chão duro. Se o rio chegasse ali, derrubaria apenas os torrões que formavam o enchimento das paredes de taipa. Deus protegeria a familia.

— Ahn!

As varas estavam bem amarradas com cipós nos esteios de aroeira. O arcabouço da casa resistiria á furia das aguas. E quando ellas baixassem, a familia regressaria. Sim, viveriam todos no mato, como preás. Mas voltariam quando as aguas baixassem, tirariam do barreiro terra para vestir o esqueleto da casa.

7 — VIDAS SECAS