que estava ali um inimigo. De repente notou que aquillo era um homem e, coisa mais grave, uma auctoridade. Sentiu um choque violento, deteve-se, o braço ficou irresoluto, bambo, inclinando-se para um lado e para outro.
O soldado, magrinho, enfezadinho, tremia. E Fabiano tinha vontade de levantar o facão de novo. Tinha vontade, mas os musculos afrouxavam. Realmente não quizera matar um christão: procedera como quando, a montar brabo, evitava galhos e espinhos. Ignorava os movimentos que fazia na sella. Alguma coisa o empurrava para a direita ou para a esquerda. Era essa coisa que ia partindo a cabeça do amarello. Se ella tivesse demorado um minuto, Fabiano seria um cabra valente. Não demorara. A certeza do perigo surgira — e elle estava indeciso, de olho arregalado, respirando com difficuldade, um espanto verdadeiro no rosto barbudo coberto de suor, o cabo do facão mal seguro entre os dedos humidos.
Tinha medo e repetia que estava em perigo, mas isto lhe pareceu tão absurdo que se