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Página:Violeiros do norte (1925).djvu/11

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“Os nossos trovadores matutos não tiveram ainda um FRÉDÉRIC MISTRAL de triumphante coragem que se lhes declarasse igual e viesse, por elles, até os jornaes e até os livros, fazendo uma nova “Mireille”, na linguagem caracteristica da região; nem um PAUL ARÈNE que trouxesse para as brochuras illustradas as fabulas de oiro da matta virgem; nem um JEAN AICARD que fosse, entre os cidadãos, o eterno apaixonado de sua terra de fogo e luz; nem um VIGNÉ D’OCTON que dissesse a leal, embora complicada, psychologia de sua gente; nem um ARMAND SYLVESTRE que, com profundo carinho cantasse, em prosa de prata ou em versos de bronze, as bellezas e maravilhas de seu recanto natal; nem um AFFONSO DAUDET que, com suave physionomia de Christo e blandiciosa ironia de Satan, contasse e recontasse os feitos dos Quixotes indigenas, acabando, porém, por cercal-os de uma aureola de piedade e, de meiguice.”

(Palavras de Valdomiro Silveira, numa Conferencia em Santos).