— Sejamos francos, disse Luís Garcia; seu filho cede, mas cede violentado, e não vejo que se possa fazer dele um herói. Que motivo tão forte a obriga a exigir desse modo um sacrifício superior a suas posses?
Valéria não respondeu.
— Sei o motivo, disse ele daí a um instante.
— Sabe?
— Suspeito; e se me permite ser franco, direi que o acho singular, pelo menos não há proporções entre a causa e o efeito. Seu filho ama. Trata-se de uma mulher de certa espécie? São correrias da mocidade, e as dele não são tais que façam escândalo, creio eu. Trata-se de alguma moça, cuja aliança lhe não pareça aceitável? Nada lhe direi a tal respeito; mas reflita primeiro antes de o mandar ao Paraguai.
Valéria prendeu a mão direita de Luís Garcia entre as suas; refletiu longo tempo; depois disse com voz sumida:
— Suponha... que se trata... de uma senhora casada?
Luís Garcia curvou a cabeça com um gesto de