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A vida de Zé Brasil era a mais simples. Levantar de madrugada, tomar um cafézinho ralo ("escolha" com rapadura), com farinha de milho (quando tinha) e ir para a roça pegar no cabo da enxada. O almôço êle o comia lá mesmo, levado pela mulher; arroz com feijão e farinha de mandioca, às vezes um torresmo ou um pedacinho de carne sêca para enfeitar. Depois, cabo da enxada outra vez, até à hora do café do meio-dia. E novamente a enxada, quando não a foice ou o machado. A luta com a terra sempre foi brava. O mato não para nunca de crescer, e é preciso ir derrubando as capoeiras e capoeirões porque não há o que se estrague tão depressa como as terras de plantação.

Na frente da casa, o terreirinho, o mastro de Santo Antonio. Nos fundos, o chiqueirinho com um capadete engordando, a árvore onde dormem as galinhas, e

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