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Paulo/I

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O comendador B... depois de ter feito um dos mais brilhantes vultos no partido político que vigorava em 18..., retirou-se da corte, onde permanecera desde o seu primeiro ano de estudo acadêmico, ao seio de sua província, da qual havia perto de 25 anos se tinha ausentado.

Filho único de um dos mais abastados proprietários, numa das mais importantes províncias do Norte do Brasil, Pernambuco, aos dez anos de idade, por falecimento de seu laborioso pai, e já órfão de mãe, herdava uma considerável fortuna.

Como então ainda fosse menor e seu pai, por ter morrido inesperadamente e não o houvesse feito, nomeou-se-lhe um tutor e em tão boa hora, que bem pudera dizer-se ressuscitava ao jovem órfão um outro pai em lugar do perdido.

O tutor, homem probo e órfão de família, não cuidava de seu pupilo como se cuida o mais das vezes de um órfão, e sim como um extremoso pai de um filho muito querido. Não poupou esmeros com a sua educação, e quando B... completava dezesseis anos, já habilitado para freqüentar as aulas de estudos superiores, pôs à sua escolha o curso a que se devera dedicar. Tendo B... preferido a todos os outros o de medicina, nesse mesmo ano seguiu viagem para esta corte, a fim de no ano seguinte, matricular-se na academia.

B... matriculou-se com efeito no ano seguinte, e desde logo começou a fazer um bonito papel entre seus companheiros. Foi de melhor a melhor, e aos 22 para 23 anos saía pronto da academia, e já gozando a lisonjeira fama de bom médico.

Seu tutor faleceu pouco tempo depois de ter tido o prazer de ver completamente educado o filho que o tinham feito adotar, e depois de lhe fazer a entrega de todos os seus bens.