Saltar para o conteúdo

Página:A Menina do Narizinho Arrebitado (1920).pdf/26

Wikisource, a biblioteca livre

22
 
A MENINA DO


a morder os labios de inveja quando Narizinho passou á frente dellas, pelo braço do principe, em direcção ao throno. E uma feia barata descascada, amarella de inveja, murmurou ao ouvido de uma besoura de pernas cambaias, torcendo o nariz:

— Nem porisso!...

Mas um gentil grillinho verde que estava atrás ouviu o desabafo da invejosa

e castigou-a, ferrando-lhe uma terrivel dentada na perna secca. A barata gemeu de dôr mas aproveitou a lição, ficando bem caladinha o resto da noite.

A sala estava que era um céo aberto. Em vez de lampadas havia no tecto, pelas paredes e pelos vasos, formosos buquês de raios de sol colhidos pela manhã. Flores em quantidade, lindas flo