elle de mim o acceitaria, é que eu lhe pedi que o fizesse em seu nome. Mas falemos de outra coisa, porque me não posso demorar. Venho ás occultas e emquanto a minha gente foi á missa do gallo. Tio Vicente, um objecto muito grave me obrigou a procural-o a estas horas.
— Ah! — disse o velho, sentando-se em tom de gracejo. — Adivinho a gravidade do caso. O filhito do boieiro, o teu afilhado predilecto, tem algum principio de sarampo ou de garrotilho, e vens...
— Não, não. Diga-me, tio Vicente, tem muito amor a esta casa e a este quintal?
O velho tornou-se immediatamente sério.
— Se lhe tenho amor?! Que pergunta!
— Tem?
— Nasci aqui, filha.
— Custar-lhe-ia a...
— A quê?
— A... a...
E Magdalena hesitava.
— Fala! — insistiu o velho, já inquieto.
— A separar-se d’ella?
O herbanario respondeu simplesmente:
— Ah! morreria.
Magdalena fez um gesto de afflicção.
Em Vicente crescia o desassocego.
— Mas... Dize, Magdalena; o que significam essas palavras?
— É que...
— Explica-te! — exclamou o herbanario, quasi imperiosamente.
— Ouça-me, tio Vicente; ouça-me, mas não se afflija. Eu vim de proposito para o prevenir. Mas, por amor de Deus, socegue; senão tira-me o animo de continuar.
— Que socegue, e tu a atormentares-me com essas demoras!
— Perdôe... Fala-se em deitar abaixo estas arvores e esta casa, para...