Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/115

Wikisource, a biblioteca livre

DOM JOAO VI XO BRAZIL 679

encarregado de negccios no Rio e fallara ate em fazer in- tervir as potencias maiores afim de obrigarem a serem man- tidos os tratados existentes. Secundava pois fnteiramente o gabinete britannico os esforcos da chancellarfa madrilena, que tendiam ao resultado de tornar arbitras da situagao as potencias quasi todas que formavam a Santa Allianga, nao este conjuncto federative da reaccao.

Palmella, comtudo, nao desanimou. Como bom diplo- mata, que nunca perde a esperanga de achar uma solugao e possue uma natural inclinagao para ver ou pelo menos para descrever as cousas mais complicadas sob um disfarce cor de rosa, escrevia elle a Aguiar ( I ) que se poderia experi mental fazer pender a balanga para o outro lado e manifes- tar-se ainda a favor de Portugal alguma potencia, "alegando por exemplo o perigo que se segue para o Brazil da declara- cao da independencia e principios jacobinicos das Provincias limitrophes Espanholas; a injustiga com que a Hespanha, que as nao domina nem as pode sujeitar, exige de nos que as respeitemos; as pretencoes mais justas, que podemos fazer valer, para arranjos de limites; os sacrificios em que, a esse respeito, poderiamos consentir para indemnizar a Espanha ao norte do Amazonas; a escandaloza retencao de Olivenga pela Espanha; e a injustiga de quererem intervir, para nos obrigar forgadamente a huma restituigao, aquelas mesmas Potencias que se contentaram so de boas Palavras quando se tratou da nossa reclamacao de Olivenga."

O essencial, n um caso de arbitrament, parecia a Pal mella ser - - porquanto na especie era vantajoso a Portugal - nao circumscrever o seu objecto, mas amplial-o para diri-

��(1) Officio reservado de 20 do Novomliro de 1816, no Arch, do Min. das Re]. Ext.

�� �